Como é a atuação do Musicoterapeuta
“É possível se comunicar musicalmente? A música pode ser considerada uma linguagem? Sim! A música está presente em todas as culturas! Segundo o etnomusicólogo Francesco Giannastasio, não existe sociedade, por mais isolada que seja, que possa ser desprovida de alguma forma expressiva musical. Assim é possível entender por que a existência da música é tão importante: Ela comunica os nossos sentimentos e ideias de uma forma que as palavras não descrevem. Essa forma de comunicação não-verbal facilita nossa expressão e promove mudanças positivas para o equilíbrio na nossa saúde.
Na Musicoterapia, não é preciso que se saiba tocar um instrumento ou cantar, mas é preciso estar disponível para entrar nessa relação presente com o musicoterapeuta, com a música e poder atribuir um sentido ao que está sendo vivido na sessão, seja ouvindo, improvisando, compondo, ou recriando. Sonorizar sua própria história com aquele ritmo, melodia ou harmonia que agrada, ou também desagrada, é comunicar uma identidade a ser descoberta e desenvolvida. E, aqui está um dos papeis do musicoterapeuta: compreender musicalmente, com uma escuta cuidadosa, que na experiência musical estão acontecendo diversas experiências internas, e, dessa maneira dominar as técnicas e essa ferramenta transcendente que é a música, para facilitar que essa comunicação seja positiva, benéfica e que os objetivos de cada um sejam alcançados.
São diversas as abordagens existentes na Musicoterapia. Porém o intuito de que a música seja experienciada e conduzida com qualidade e ética durante o processo, faz parte da formação geral do musicoterapeuta!”
Giuliane Delucca – Musicoterapeuta do Instituto Vida Sonora